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Um acaso terrível

  • Rodrigo Lourenzo
  • 24 de mar. de 2018
  • 4 min de leitura

Eu quis tanto você, garoto.

Não sou um jovem supersticioso, meus pais talvez sejam, e eu hipoteticamente tenha herdado um pouco de suas crenças peculiares. Todas ás crenças de família me fizeram pensar para narrar essa pequena história, me fazendo refletir sobre duas questões importantes: O acaso existe mesmo? ou é só mais um fato criado pela concepção dos homens? Ainda não tenho essa resposta pronta. O que sei é que a vida é um abismo de mistérios. E amo mergulhar nesse mundo.


Tudo se inicia quando eu atravessava a passeio no centro da antiga cidade de VILA RICA - MG. me lembro de ser um dia ensolarado em que passeava turisticamente, eu não estava só, eu e um grande amigo já tínhamos planejado o tal dia de folga. Um momento que tirei para mim mesmo, quando eu já sentia a necessidade de sair um pouco de uma rotina entediante.

Andei por alguns quarterões observando os casarões belíssimos que a cidade abriga. Distraído e focado ao mesmo tempo.

Observando tudo e todos quando de repente avistei um garoto. Um garoto desconhecido no meio de uma pequena multidão que sobre os meus novos sentidos estantaneos, parecia deslumbrante. . Despertara em mim um interesse. Entende quando algo especial é capaz de roubar toda sua atenção? Pois bem, esse sujeito desconhecido fez isso comigo. Um acaso terrível.

Ele quem me fizera perder os sentidos por alguns segundos. Fique sem folego ao avistar aquela figura graciosa e linda na minha frente. Parecia cena de um filme mesmo. Sua linguagem corporal espontânea era tão peculiar, tão dele. Até onde me recordo ele era alto. cerca de 1,88 de altura. de pele branca, cabelos lisos e cor castanha, estava com um boné preto para trás, um óculos flat que lhe deixava irresistivelmente sexy, O jovem usava também uma roupa qualquer que lhe deixava tão descolado e que caia tão bem no seu corpo. Seus olhos eram expressivos e apressados.

Por sorte ou um acaso terrivelmente bom nossos olhares conseguiram se cruzar no meio de uma pequena multidão e acabamos simultaneamente de trocarmos um flerte por alguns segundos, eu pude sentir seu olhar me penetrar como um raio de sol. Foi um acaso terrivelmente mágico.

De onde surgia aquela beldade? Eu logo me perguntava. Quero saber mais sobre ele. Mas tudo acontecera tão rápido que o perdi de vista por uma movimentação pequena de turistas, Não acreditara que que não o veria mais. Seria só mais um flerte? Apesar de perdê-lo de vista eu não desisti. Que acaso terrível aquele.

O embaraço se desenrolava graças a uma peça chave nessa crônica, o meu melhor amigo. Eu dividia com ele aquele momento, e ele se manifestava feliz com aquela narrativa. Ele se lembrou do garoto que eu não parava de olhar. Disse que era impossível não ter me notado olhando aquele garoto, e acrescentou que ia fazer algo para ajudar. O meu querido amigo viu uma amiga que estava com o ser iluminado que eu perdi, e correu atrás dela deixando meu contato de telefone para o meu crush. Momento esperança no fim do túnel, bateu. Que acaso terrível aquele.

O acaso me surpreendeu mais uma vez colocando meu telefone nos seus contatos, e ele me mandou mensagem e eu é claro, surtei. E mais do que isso, o contato fluiu e ele se lembrava da gente se olhando. Não queria acreditar que que eu estava tão próximo de um cara que foi tão especial para mim instantaneamente. E mais do que isso ele me chamou para um encontro que infelizmente eu não pude ir, Eu não acreditava que não pudera ir. Que outro acaso terrível aquele. Carma?

Descobri que era um guri maravilhoso gaúcho que residia atualmente na Argentina e que só estava naquela cidade assim como eu; a passeio. E nesse momento, caro leitor chegamos ao clímax nessa narrativa. E o que você espera que tenha ocorrido a partir daqui? Pois bem, o contato foi feito. Mas por infelicidade do acaso o perdi para mundo. Que acaso terrível. Eu não pude encontrar com o futuro príncipe Giovanni. era esse o nome dele. Motivo? A distância e as circunstâncias; Só nos restou então umas despedidas em caracteres. Eu disse para aquele guri voltar aqui ao Brasil para me ter em seus braços. Volte logo e vamos deixar rolar, deixar rolar, essas foram minhas últimas palavras para ele.

Analisando todo esse fato pude perceber o quanto perco tempo nas oportunidades com o acaso. A vida é o presente, e é o agora, essa é minha grande lição. Eu tive uma grande chance para conhecer alguém e não me atentar naquele momento para uma iniciativa, só fez com que essa narrativa não tomasse um fim maravilhoso. Só sei que se não aproveitarmos o agora não teremos nada especial para contar no futuro, só algumas lamentações. Que acaso terrível aquele. Destino? Nunca saberei.

Obrigado por chegar até aqui.


Já viveu alguma história parecida? Deixe seu relato.



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